O trabalho com a releitura de Obras de Arte na Educação Infantil tem por objetivo despertar o olhar das crianças para o trabalho de diversos pintores, favorecendo o processo criativo de cada criança e possibilitando que elas expressem suas opiniões e desenvolvam seu lado crítico. Com esse objetivo, a equipe do Centro de Educação Infantil (CEI) da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) Branca de Neve, convidou as famílias das crianças atendidas para prestigiarem as releituras feitas por seus filhos nesta sexta-feira (16). A atividade contou com a apresentação da Banda do 28º Grupo de Artilharia e Campanha de Criciúma (GAC).
Para a diretora do CEI, Queila Nazari, a atividade proporcionou para os familiares que puderam prestigiar o evento, um momento de apreciação do belo, criativo e inovador, obtendo assim um novo olhar sobre a Arte. “Estamos trazendo conhecimento para nossas crianças e visando aprimorar culturalmente as aulas da educação infantil. Vimos o brilho no olhar de cada um ao pintar seu quadro, ao ver ele pronto. Foram momentos únicos, que jamais serão esquecidos, principalmente pelos pequenos, que tiveram oportunidade de conhecer de perto uma artista que reproduz lindos quadros. Muitas vezes na vida o artista parecer ser tão distante, mas nós buscamos mostrar que existem muitos que estão perto e que através disso pode ser despertado o artista interior de cada criança”, comenta.
Algumas turmas trabalharam com a obra de Tarsila do Amaral, entre outros profissionais. Já outras trouxeram as telas a artista plástica Carmen Regina Tramontin Périco, da cidade de Siderópolis, para a sala de aula. Assim como suas obras, a artista que possui mais de 500 quadros que retratam sua vida e de seus familiares; e faz parte da Academia de Letras e Artes da cidade de Siderópolis (ALASI), participou da exposição, mostrando para os pequenos que todos podem sim ser grandes artistas.
Segundo Carmen, sempre que um educador trabalha com a releitura, a criança entra em contato com o mundo da arte de forma participativa, amplia sua imaginação, bem como desenvolve suas habilidades perceptivas e culturais. “Estou muito emocionada. As vezes não valorizamos nosso trabalho, e ai quando vimos uma criança reproduzindo percebemos o quanto nossa obra faz bem para alguém. As minhas obras são de resgate da família, sendo esse o tema dessa exposição. Através das telas consigo mostrar tudo o que vive. Vale lembrar que hoje as crianças não tem essa oportunidade de ter contato com o artista, por isso senti o quanto é importante participar da vida delas. Quando eu cheguei, algumas crianças pegaram na minha mão pra ver se eu era de verdade, e senti que cumpri o meu papel, de mostrar que não somos invisíveis”, ressalta.
Texto e fotos: Comunicação Afasc