Entre os dias 18 e 19 de novembro, as equipes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) de zero a 17 anos da Associação de Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Cristo Redentor, Santa Luzia, Vila Miguel, Tereza Cristina, Próspera, Centro de Convivência Vida Nova e Renascer, promoveram uma série de atividades em celebração ao Dia da Consciência Negra. As oficinas reuniram crianças e adolescentes em um ambiente de aprendizado, cultura e inclusão.

Uma das atividades, foi a oficina de bonecas abayomi, que representam a ancestralidade africana e a força das mulheres negras, foram um dos destaques da programação. Sob a orientação dos facilitadores, os participantes puderam criar suas próprias bonecas, utilizando técnicas tradicionais que valorizam a cultura afro-brasileira. A atividade não apenas proporcionou um espaço de criatividade, mas também serviu como um momento de reflexão sobre a importância da identidade e da herança cultural.

Paralelamente, a produção de máscaras africanas, que têm forte significado nas tradições e rituais de diversas etnias, também atraiu a atenção dos participantes. Utilizando materiais recicláveis e tintas, as crianças e adolescentes aprenderam sobre a simbologia das máscaras, que representam ancestralidade, proteção e conexão com os espíritos. Essa oficina incentivou a expressão artística e o entendimento das raízes africanas na formação da sociedade brasileira.

As rodas de conversa foram um espaço fundamental para que os participantes compartilhassem experiências e reflexões sobre a cultura afro-brasileira e a importância da luta pela igualdade racial. Guiadas pelos facilitadores e orientadores sociais, as discussões abordaram temas como identidade, respeito e a valorização das diferenças, promovendo um ambiente de acolhimento e aprendizado mútuo.

A oficina de capoeira, arte marcial brasileira de origem africana, mostrou movimento e energia. Crianças e adolescentes tiveram a oportunidade de aprender os fundamentos da capoeira, que além de ser uma prática física, é também uma forma de resistência cultural e expressão artística. A atividade, marcada por música e dança, fortaleceu o senso de comunidade e pertencimento entre os participantes.

“É essencial que as crianças e adolescentes tenham a oportunidade de aprender sobre as contribuições da cultura negra para a sociedade, assim como sobre os desafios enfrentados por essa comunidade ao longo da história”, destaca a coordenadora do Serviço de Convivência, Ana Meller. “A celebração do Dia da Consciência Negra no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da AFASC foi um sucesso, evidenciando a importância de se promover atividades que valorizem a cultura afro-brasileira e fortaleçam as reflexões sobre a questão racial dentro e fora dos espaços”, completa.

Texto: Milena dos Santos – SC 04205 JP

Fotos: SCFV/Afasc