A Estação Cidadania - Cultura de Criciúma, mais conhecida como Praça CEU, celebrou sete anos de história em setembro de 2025. Nos últimos anos, o espaço, que fica no Bairro Progresso e é administrado pela Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc) e pela Fundação Cultural de Criciúma (FCC), consolidou-se como um verdadeiro centro de convivência e desenvolvimento comunitário.

Ao longo dos seus sete anos, a Praça CEU se tornou muito mais do que um espaço de lazer. Com oficinas de dança, esportes, reforço escolar e até alfabetização para todas as idades, o local proporciona um ambiente acolhedor e cheio de possibilidades.

Para a presidente de honra da Afasc, Gisele Bolan, a trajetória da Estação Cidadania – Cultura de Criciúma é uma prova viva de que o cuidado com as pessoas transforma realidades. "Com o passar do tempo, a Praça CEU se tornou um verdadeiro ponto de transformação no município. Esse é um lugar de pertencimento, de acolhimento e de oportunidades reais para crianças, jovens, adultos e famílias inteiras”, destaca.

“Ver cada aluno, cada mãe, cada professor encontrando aqui um caminho de desenvolvimento nos mostra que estamos no rumo certo. Não construímos apenas oficinas, construímos vínculos, confiança, autoestima e cidadania”, frisa Gisele.

A coordenadora do espaço, Sandra Regina Pereira, ressalta que a Praça CEU tem sido fundamental para a construção de um ambiente de inclusão e desenvolvimento para todos, especialmente para os mais jovens. “A Praça é ouro para a comunidade. É muito gratificante saber que estamos proporcionando oportunidades que vão além da educação e do esporte. Aqui, oferecemos segurança e apoio”, comenta.

O impacto positivo é visível na vida de inúmeros alunos, como Pericles Augusto Nascimento, faixa roxa de jiu-jitsu. Há cinco anos treinando na Estação, ele conta que a experiência como atleta foi transformadora. “O jiu-jitsu abriu portas para mim, tanto como atleta quanto como pessoa. Aqui, eu não só aprendo, mas também ajudo a ensinar. A evolução é constante”, afirma.

Seguindo a mesma linha, Kerolyn Simão é aluna de vôlei e futsal, e compartilha uma visão semelhante. Ela chegou à Praça CEU há pouco mais de um mês, mas já sente mudanças. “Aqui, a gente aprende a jogar, mas também faz grandes amizades e encontra um lugar para se distrair de forma saudável. Sinto que melhorei muito nas modalidades que treino”, diz, enfatizando o quanto a Praça tem sido importante no fortalecimento dos laços e na confiança entre os alunos. 

Para Kaleby da Silva Almeida, que treina futsal há três anos, a Praça é uma verdadeira escola de valores. “A gente aprende muito sobre respeito, trabalho em equipe e disciplina. Além disso, encontrei um ambiente acolhedor desde o primeiro dia”, relata.

Há dois anos na Estação Cidadania, Emanuelle Rosalino da Silva, de 7 anos, é aluna de balé. Ela vê na dança a oportunidade de se desenvolver e viver experiências novas, como a viagem para o Bolshoi, em Joinville, além das competições. “Eu amo dançar, estou realizando meu sonho aqui. Presto atenção na professora para aprender tudo, as coreografias, que são o que eu mais gosto. Também fiz várias amigas, a gente brinca e aprende”, conta.

O trabalho realizado pelos professores facilitadores é fundamental para essa transformação. Segundo Wagner Cipriano, que leciona as oficinas de futsal, vôlei e xadrez, seu objetivo é ir além das técnicas dos esportes. "Busco incentivar a participação de todos, promover a convivência e ensinar a importância do trabalho em equipe. Por meio do esporte e da cultura, é possível criar uma rede de apoio sólida e afetiva entre os alunos e a comunidade, algo essencial para o crescimento de cada um", declara.

Raquel Simão Flores é professora facilitadora de balé da Praça CEU há um ano e oito meses. “Dançar sempre foi minha paixão, dar aula para essas meninas é a realização de um sonho. Sempre tive vontade de ensinar, então eu corri atrás. Fiz vários cursos, me capacitei, e através da Afasc estou tendo essa oportunidade. Minha vida é isso aqui, eu amo o que faço, amo essas crianças”, conta.

A Praça CEU também tem um significado profundo para as famílias, como a da professora facilitadora de informática, Pamela Alves Bernaldo, mãe das meninas Lara e Bianca, que também frequentam o espaço. Ela enxerga a Estação como uma oportunidade de mudança para toda a comunidade. "É muito gratificante ver minhas filhas aprendendo e se desenvolvendo aqui. Elas não só melhoraram nas atividades que praticam, mas também aprendem sobre responsabilidade, respeito e compromisso", relata.

Pamela ainda destaca o apoio que os alunos encontram nos professores. "Se não têm esse apoio em casa, sabem que podem contar com a gente aqui. A Praça CEU é um refúgio para quem precisa de acolhimento, carinho e orientação", reforça.

Um farol de esperança para a comunidade

Com sete anos de história, a Praça CEU se mantém como um importante pilar de apoio para crianças, jovens e adultos, cultivando sonhos e renovando a esperança em um futuro melhor. Mais do que um ponto de encontro, a Estação Cidadania - Cultura de Criciúma é um pedaço do coração da cidade, um lugar onde a transformação social acontece a cada dia.